Review: Devil May Cry Definitive Edition
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Ficou à cargo da produtora Ninja Theory fazer um reboot da série Devil May Cry. Muitos fãs torceram o nariz para o novo Dante, quando DmC foi oficialmente apresentado, mas há de se dizer que as mudanças feitas pela produtora foram muito bem-vindas. A série ganhou novo fôlego quando o novo game foi lançado em 2013, e agora em 2015, podemos experimentar todo o potencial de DmC nos consoles da nova geração com a Definitive Edition, que traz aspectos técnicos aprimorados e todas as DLCs já lançadas para o DmC original.
Redescobrindo o passado
Dante é um caçador de demônios que não sabe a origem de seus poderes, e nem mesmo o verdadeiro motivo da existência das entidades do capiroto. Ele é pego de surpresa por um ataque de um demônio caçador, mas consegue escapar da morte. Ele então conhece Kat, uma bruxa que consegue se conectar com o mundo dos vivos e o Limbo, o mundo entre a Terra, o Céu e o Inferno. Com a ajuda de Kat, Dante consegue escapar do Limbo, para então ser levado à Vergil, líder de um grupo que sabe da existência dos demônios e de suas formas de manipulação da população mundial. Mesmo relutante, Dante, aceita que Vergil mostre a ele o seu verdadeiro passado. Os poderes de Dante afloram ainda mais e, decidido a saber o que acontecera com seu pai e sua mãe, ele se junta ao irmão Vergil para dar cabo de Mundus, o Capiroto Supremo. Apenas Vergil e Dante podem combater e derrotar Mundus, pois são Nepihilim, filhos mestiços de anjo e demônio.
Com um desenvolvimento interessante e bem encaixado, a história de DmC se ajusta cronologicamente em seu primeiro game. Digo isso pelo fato da antiga quadrilogia ser uma bagunça cronológica ( o terceiro game da série é, na verdade, o primeiro em sua linha temporal). Os personagens são interessantes, e a relação entre eles é muito boa, principalmente entre o trio principal. Dante possui um humor ácido e sarcástico, enquanto Vergil é mais sério. Kat faz o elo entre as diferenças dos irmãos, tentando manter Dante na linha das intenções de Vergil.
Mais frenético do que nunca
Jamais o combate de um Devil May Cry fora tão intenso para mim quanto o de DmC. Os inimigos não param, e cabe ao jogador usar todas as armas e poderes a seu dispor para derrotar os demônios que querem a cabeça de Dante. Tudo isso deve ser feito, claro, da maneira mais estilosa possível. Puxe um inimigo para perto, dê alguns golpes com sua espada, lance-o no ar, vá até o inimigo com apenas um comando, troque para sua foice, dê-lhe uma surra em pleno ar e então finalize-o com seu machado. Se sobrar tempo, dê uns tiros. Faça tudo isso em cinco segundos, e parta para o próximo inimigo com uma nova sequência. Tudo pode ser intercalado e, quanto maior for sua habilidade em variar seus golpes, mais pontos de estilo você ganha. Evolua e compre novas habilidades para fortalecer o já vasto arsenal inicial.
É tudo tão movimentado e dinâmico que é fácil o jogador se perder em meio à tantas opções. Talvez este seja um problema da jogabilidade. Muitos golpes são feitos com dois botões sendo pressionados ao mesmo tempo, e é fácil se confundir e apertar o botão errado. Claro que não chega a ser algo que não possa ser resolvido com o tempo, mas exige uma dedicação extra por parte do jogador.
A trilha sonora do game, composta de rock pesado, ajuda a embalar os combates do jogador. É difícil não entrar no clima.
Edição Definitiva
A versão definitiva de DmC traz todas as DLCs lançadas para o game original. Roupas, aspectos visuais para as armas e uma nova história, chamada Queda de Vergil, fazem parte do pacote. Eu falaria de Queda de Vergil, mas infelizmente é difícil comentá-la sem spoilers. O que posso dizer é que vale a pena conferi-la, mas apenas para quem terminar a aventura principal.
Há novos modos que influenciam a jogabilidade, como o Turbo Mode, que adiciona 20% de velocidade ao jogo, fazendo tudo ficar uma loucura completa; o Hardcore Mode, que traz uma dificuldade mais semelhante aos Devil May Cry clássicos, com inimigos velozes e mais agressivos.
A parte técnica também foi aprimorada, trazendo gráficos em Full HD e taxa de quadros por segundo rodando em lindos 60 frames. O que já era bonito, ficou ainda mais belo, e isso é um agrado muito bem-vindo aos nossos olhos. A jogabilidade também foi beneficiada com a adição dos 60 frames por segundo, fazendo-a ficar mais fluida e permitindo um controle maior do jogador sobre os rumos das batalhas.
DmC Definitive Edition é uma bela pedida para quem não aproveitou o game em seu lançamento original. Claro que as melhorias são bem-vindas, e o trabalho foi muito bem realizado, mas há de se admitir que, para quem já se aventurou pelo Limbo, Definitive Edition não chega a ser uma aquisição obrigatória.
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