F1 2013 – A evolução da franquia com uma viagem no tempo

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Após dias Jogando F1 é difícil não gostar de Fórmula 1. Antes amado por brasileiros, o esporte perdeu sua importância no coração do país há alguns anos. Sem apelar para o carisma de marcas ou pilotos, o novo jogo da Codemasters se baseia no glamour e complexidade das máquinas para prender jogadores. Com uma jogabilidade equilibrada entre a simulação e o arcade, o título traz consigo a evolução gráfica e os controles mais sólidos da franquia.

O dever de encerrar a geração com um jogo definitivo é cumprido, principalmente, pelo Modo Clássico. O cuidado que a empresa tomou com os carros antigos, diferença nos controles e até a maneira de apresentar os pilotos faz deste o maior trunfo de F1 2013. Perfeito para jogadores exigentes e determinados, este é um game sem prazo de validade.

Qualidade da fonte ao som;

O refinamento começa nos créditos. As fontes e a iluminação dos menus do jogo são limpas e facilitam a compreensão – a organização dentro deles e das opções de corrida seguem o mesmo estilo. Os gráficos dos carros mostram o máximo que essa geração de consoles pode oferecer. Quando molhados, os pneus têm textura super definida, assim como a sujeira da pista. A iluminação nas cores vibrantes de alguns veículos e os detalhes do cockpit chamam tanta atenção quanto os jatos de água em uma corrida com chuva.

O mesmo, no entanto, não acontece com os cenários. Apesar de serem fiéis aos circuitos, nenhum deles segue a excêlencia dos carros. Abu Dhabi e Mônaco, por exemplo, têm belas paisagens, mas nada com a definição merecida – o melhor trabalho da Codemasters está na pista, fora dela F1 2013 se torna um jogo comum. Não fosse o ótimo trabalho de som, já conhecido de outras edições da série, a torcida seria imperceptível. A qualidade também cai no momento das colisões; além de não se notar amassados relevantes, os pedaços que ficam na pista parecem simples fogos de artifício.

Na versão brasileira, a desenvolvedora se preocupou em traduzir e dublar o game por inteiro. Tirando as falas automáticas dos engenheiros no meio da corrida, o restante das vozes locais são boas. Não há ‘portunhol’ ou mesmo sotaque americano no português – existe até mesmo interpretação nas falas, quando o jogador perde ou ganha.

O agradável desafio de dirigir

Não é fácil jogar F1 2013, mas também não é impossível. Um jogador com alguma experiência terá desafio mesmo com todas as opções no automático e a ajuda do traçado. No entanto, com uma curva de aprendizado condizente com o desafio, em uma hora é possível dirigir bem o carro – e melhor, aprender como correr. Ao invés de somente cuidar dos controles, a Codemasters se preocupa em ensinar os meandros da pilotagem.

No Modo Carreira, que precisa ser desbloqueado após uma série de testes, o piloto é exigido ao máximo e as penalizações são rígidas – por isso é essencial conhecer a melhor maneira de dirigir. Dito abertamente, ‘aprender a dirigir’ pode parecer enfadonho, mas em F1 2013 tudo é relacionado com desafios e curiosidades sobre o esporte. Durante os tutoriais é ensinado mais sobre o Kers, DRS, freios, pneus, tração, zebras, motor e ultrapassagens. Difícil é passar duas horas jogando e não se fascinar pela complexidade da Fórmula 1.

Na mesma toada de superação, F1 2013 tem um modo Modo Cenários melhorado – péssima escolha de nome, mas que faz todo sentido. Nele, o jogador é colocado em uma situação aleatória e precisa cumprir o objetivo. Eles vão dos mais simples (terminar a prova na frente do parceiro) até os complexos (ultrapassar oito pilotos em três voltas), sem soar gratuitos ou uma desculpa para adicionar conquistas. Dentro de cada carro e cada corrida a sensação é diferente; depois do Clássico esta é a melhor evolução do jogo.

A melhor máquina do tempo

Se F1 2013 tivesse apenas fotos e vídeos clássicos já seria um deleite para aficcionados por velocidade. Aqui, ele não só apresenta modelos históricos, como o faz com primor – por mais brega que pareça, carinho é uma palavra que também encaixaria, tamanho o número de detalhes na composição desta seção. Os carros são reproduzidos de maneira fiel no visual e nos controles – jogar no cockpit de Alonso e depois mudar para Fittipaldi é uma troca drástica, esteja a configuração da pilotagem como estiver.

O pneus desgastam mais rápido, dificultam as curvas e a tração torna tudo mais desafiador. Quanto mais velho o veículo, mais complicada será a corrida. O filtro da tela, por vezes, é modificado para demonstrar um visual mais antigo, assim como os créditos na tela, que ficam amarelados e idênticos às antigas transmissões de Fórmula 1. Receita infalível mas com alta possibilidade de reclamações alheias, o Modo Clássico entrega uma viagem no tempo há muito pedida; e quanto mais lenta e aproveitada ela for, melhor fica.

Assumir o volante de máquinas históricas é o ponto fora da curva de F1 2013, que demonstra uma evolução segura e pautada pelo bom trabalho da Codemasters nos anos anteriores. Além de divertir e desafiar, este game resgata o apreço por uma era de ouro do automobilismo. E por mais que não traga Ayrton Senna, maior ídolo brasileiro, o resgate de boas lembranças e da grandeza do esporte já vale o passeio.

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